terça-feira, 21 de abril de 2015

               Pensadores Da Cultura Brasileira


1.Alfredo Bosi









  1. Nascimento: 26 de agosto de 1936 (78 anos), São Paulo,São Paulo.
  2. Filhos:Vivianne e Jóse Alfredo.
  3. Educação: Universidade De São Paulo(1960 a1964)
  4. Filiação:Teresa Meli salertina e Alfredo Bosi.


Descendente de italianos, logo depois de se formar em Letras pela
Universidade de São Paulo (USP), em 1960, recebeu uma bolsa de
estudos na Itália e ficou um ano letivo em Florença. De volta ao 
Brasil, assumiu os cursos de língua e literatura italiana na USP. 
Embora professor de literatura italiana,Alfredo Bosi sempre teve
grande interesse pela literatura brasileira, o que o levou a escrever
os livros Pré-Modernismo (1966) e História Concisa da Literatura
Brasileira (1970).
Em 1970, decidiu-se pelo ensino de literatura brasileira no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, da qual é professor titular de Literatura Brasileira. Ocupou a Cátedra Brasileira de Ciências Sociais Sérgio Buarque de Holanda da Maison des Sciences de l’Homme (Paris).
Foi vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP de 1987 a 1997. Nesse último ano, em dezembro, passou a ocupar o cargo de diretor. Entre outras atividades no IEA, coordenou o Programa Educação para a Cidadania (1991-96), integrou a comissão coordenadora da Cátedra Simón Bolívar (convênio entre a USP e a Fundação Memorial da América Latina) e coordenou a Comissão de Defesa da Universidade Pública (1998).
Desde 1989 é editor da revista Estudos Avançados.

Pensamento:"Montaigne conheceu índios vindos do Brasil e os interrogou mediante um intérprete. O filósofo soube então que os índios estranharam a servil obediência dos franceses a uma criança (o rei Carlos IX, que os recebia). E não só: os mesmos "selvagens" indignaram-se ao ver homens maltrapilhos esmolando à porta de senhores opulentos "sem agarrarem os ricos pela garganta e atearem fogo às suas casas".


2.Antônio Paim
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Nascimento: Nasceu no Estado da Bahia em (1927)
Estudos: Universidade Lomonosov, em Moscou, e da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro.

  Na década de 50, concluiu os cursos de filosofia da Universidade Lomonosov, em Moscou, e da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Iniciou, nos anos 60, carreira universitária nessa última cidade, tendo sido sucessivamente professor auxiliar (UFRJ), adjunto (PUC-RJ), titular e livre docente (Universidade Gama Filho), aposentando-se em 1989. Na PUC-RJ organizou e coordenou o Curso de Mestrado em Pensamento Brasileiro. Na Universidade Gama Filho, juntamente com o professor português Eduardo Soveral (1927/2003), implantou o Curso de Doutorado em Pensamento Luso-Brasileiro. 
Após a aposentadoria, tem se dedicado  ao Instituto de Humanidades, no qual preside ao Conselho Acadêmico.
Desde os anos noventa, participa de iniciativas patrocinadas por Universidades portuguesas. Dentre estas, pode-se apontar os seminários anuais que realiza no Instituto de Estudos Políticos (IEP), da Universidade Católica Portuguesa. No IEP, é ainda membro da direção do Centro de Investigação. A partir de março de 2004, colabora com a Faculdade de Ciências e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, como professor visitante.
Pertence às seguintes entidades: Instituto Brasileiro de Filosofia (IBF), Academia Brasileira de Filosofia, Pen Clube do Brasil, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Academia das Ciências de Lisboa e Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, sediado em Lisboa.
Paralelamente e desde os anos 50, integra a consultoria brasileira onde teve a oportunidade de participar de importantes projetos relacionados ao setor de transportes, ao desenvolvimento regional, à economia agrícola e à educação e recursos humanos, além de prestar assessoria a diversos órgãos oficiais, entre estes BNDES, FINEP, Governo do Estado da Bahia, Ministério da Aeronáutica e Ministério da Agricultura.
O conteúdo da atividade de pesquisa, desenvolvida na área acadêmica, pode ser resumido como segue:
  1. Estudo da Filosofia Brasileira e formação de um grupo de pesquisadores e professores, a esse tema dedicados, atuando em diversas universidades do país, abrangendo aproximadamente o período de 1958 a 1989. Deu forma definitiva àHistória das Idéias Filosóficas no Brasil (5ª edição, 1997). Ocupou-se igualmente das principais correntes da filosofia brasileira, trabalho que deu conta em livros e ensaios e presentemente na Coletânea Estudos Complementares à História das idéias Filosóficas no Brasil (7 vols.). Elaborou também a Bibliografia Filosófica Brasileira, abrangendo desde o século passado.
  2.  Estudo do Pensamento Político Brasileiro, aproximadamente desde a década de 60, em conjunto com outros estudiosos, o que permitiu organizar o Curso de Introdução ao Pensamento Brasileiro, editado pela UnB, em 1982, em sete volumes. Versão resumida desse curso apareceu na Editora Itatiaia (1988). Em forma de curso à distância está sendo oferecido pela Universidade Gama Filho, desde 1995. Promoveu, ainda, a reedição de pensadores políticos brasileiros e publicou um livro em que estuda a hipótese da aplicação, ao Brasil, da categoria de Estado Patrimonial (A querela do estatismo, 2ª. ed., 1994).
  3. Estudo das idéias morais no Brasil e a esse tema dedicou diversos ensaios, tendo se decidido, porém ao invés de publicar uma obra sobre o tema, a exemplo do que fez com a filosofia e a política, examinar sua importância no curso histórico do país. Para esse fim publicou  Momentos Decisivos da História do Brasil (2000). A fim de estimular a pesquisa do tema editou Roteiro para estudo e pesquisa da problemática moral na cultura brasileira.Ao longo de todos esses anos como professor de filosofia e estudioso da cultura brasileira interessou-se vivamente pelo tema da educação no Brasil, e também escreveu sobre esse assunto, inclusive um livro (A UDF e a Idéia de Universidade, 1981), convencendo-se de que se trata de uma questão central. O Instituto de Humanidades, antes mencionado, é fruto desse interesse.
    No Instituto Brasileiro de Filosofia (IBF), estimulado por seu criador, a grande figura da cultura brasileira que foi Miguel Reale (1910/2006), incumbiu-se da reedição de filósofos brasileiros, tarefa que pode ser considerada como realizada com êxito em relação aos principais autores.
     A par disto e em prol da preservação da cultura brasileira, colaborou na organização da Coleção Pensamento Político Republicano, organizada por Carlos Henrique Cardim e patrocinada pela Câmara dos Deputados; bem como da direção da Coleção Reconquista do Brasil, da Editora Itatiaia, presentemente com cerca de trezentos títulos, onde, entre outras coisas, reeditou a obra de Oliveira Viana (1883/1951), inclusive textos que permaneceram inéditos por mais de quarenta anos. Juntamente com Paulo Mercadante organizou novo plano da Obra Completa de Tobias Barreto (1839/1889), afinal levada a cabo e ampliada por Luiz Antonio Barreto (edição em dez volumes, nos anos de 1989-1990).
    Na PUC-RJ e na Universidade Gama Filho orientou, respectivamente, 18 dissertações de mestrado e 14 teses de doutorado, atividade que também exerceu na Universidade Mackenzie, onde orientou três dissertações de mestrado, bem como no Instituto de Estudos Políticos (IEP) da Universidade Católica Portuguesa e na Universidade Nova de Lisboa. Participou ainda em grande número de cursos de extensão, seminários, congressos e bancas de concurso. Seu pensamento tem sido objeto de diversos estudos. Em 1995, mereceu apreciação de vários autores, reunida nos Anais do IV Encontro Nacional de Professores e Pesquisadores da Filosofia Brasileira (Londrina, 1996). Ao completar 70 anos, a Revista Brasileira de Filosofia dedicou-lhe número especial (fascículo 186; abr/jun, 1997), com artigos de João de Scantimburgo, Eduardo Soveral, Anna Maria Moog Rodrigues, Aquiles Cortes Guimarães, Creusa Capalbo, Luiz Antonio Barreto, Leonardo Prota, Paulo Mercadante e Ricardo Velez Rodriguez,
    Sobre a sua trajetória existencial prestou depoimento a Beatriz Marinho, inserido no Suplemento Cultura de O Estado de S. Paulo (edição de 25/08/1985).
    Publicou diversos livros, indicados em outro título, além de grande número de ensaios e artigos.

Florestan Fernandes

Nascimento: São Paulo, no dia 22 de julho de 1920

Filiação:criado por sua madrinha Hermíria Bresser de Lima

Educação:em 1941  ingressou na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, concluindo o curso de Ciências Sociais.

Falecimento: 10 de maio de 1995

Em 1945 trabalhou como assistente do professor Fernando de Azevedo, na cadeira de Sociologia II. Na Escola Livre de Sociologia e Política, com a dissertação "A organização social dos Tupinambá", obteve o título de mestre. Em 1951 defendeu, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a tese de doutoramento "A função social da guerra na sociedade tupinambá", posteriormente consagrado como clássico da etnologia brasileira.
Em 1969, foi afastado das atividades acadêmicas por que foi perseguido pela ditadura militar brasileira. Nesse mesmo ano escreveu a tese "A Integração do Negro nas Sociedades de Classe". O sociólogo desenvolveu outros estudos referentes às sociedades indígenas e ao processo de dependência da América Latina em relação aos Estados Unidos, sobre o qual escreveu o livro "Capitalismo Dependente e Classes Sociais na América Latina" (1973). Outro livro importante foi “A Revolução Burguesa no Brasil” (1975), que abordava questões sobre a resistência que a classe dominante brasileira tinha às mudanças sociais.
Florestan Fernandes é considerado o fundador da sociologia crítica no Brasil. Destacou-se pela militância no PT, no qual se elegeu deputado Federal em 1986.
Florestan Fernandes faleceu em São Paulo, no dia 10 de agosto de 1995, vítima de problemas do fígado depois de um transplante mal sucedido.


Pensamentos:Florestan Fernandes considerava a escola pública, laica, gratuita, universal e de boa qualidade como meio para reduzir as desigualdades sociais. Para ele, as ciências sociais deveriam contribuir para desvendar os mecanismos pelos quais nas sociedades capitalistas essas desigualdades se produzem e reproduzem.

Frase

“Na sala de aula, o professor precisa ser um cidadão e um ser humano rebelde”
“Hoje se trata mais concretamente de colocar o cidadão no eixo da reflexão pedagógica transformadora”.


Publicado por: Luciane de Moraes

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Principais Cientistas Brasileiros

1. Carlos Chagas (1879-1934), médico brasileiro descobridor da doença de Chagas


  1. Nascimento: 9 de julho de 1879, Oliveira, Minas Gerais
  2. Falecimento: 8 de novembro de 1934, Rio de Janeiro - RJ
  3. Nacionalidade: Brasileiro
  4. Filhos: Evandro Chagas, Carlos Chagas Filho
  5. Educação: Universidade Federal do Rio de Janeiro (1897–1902), Universidade Federal de Ouro Preto
  6. Filiação: Mariana Cândida Chagas, José Justiniano das Chagas

  7. Carlos Chagas foi médico, cientista, pesquisador e sanitarista brasileiro. Dedicou-se ao estudo das doenças tropicais. Descobriu o protozoário do gênero Plasmodium, causador da Malária. Descobriu também o parasita Tripanosoma Cruzi, transmissor da doença de Chagas.
  8. Em 1901 a Malária atacou vários trabalhadores na construção da represa na região de Santos, em São Paulo, chegando a parar a obra. Carlos Chagas foi recrutado para combater e evitar a propagação da doença, com medidas sistemáticas de saneamento, logo debelou a doença. Atualmente a Malária predomina na Região da Amazônia-Legal. Ainda não existe vacina contra a doença.
  9. Carlos Chagas ingressou na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, com 18 anos. Em 1902, já formado iniciou sua tese "O ciclo evolutivo da Malária na corrente sanguínea", concluída em 1903. Dedicou-se ao estudo das doenças tropicais, principalmente da Malária. Em 1904 instalou seu laboratório particular no Rio de Janeiro. Por indicação do professor Miguel Couto, passa a trabalhar, com orientação de Osvaldo Cruz, no Instituto Soroterápico Federal, hoje Instituto Osvaldo Cruz.

  10. Carlos Chagas, em 1906, trabalhando no Instituto Osvaldo Cruz, obteve sucesso ao dirigir a campanha de saneamento da Baixada Fluminense, debelando a infestação da Malária. Em 1907 trabalhou num laboratório montado durante as obras da linha de trem da Estrada de Ferro Central do Brasil. Durante dois anos classificou, estudou e identificou no sangue de animais, o protozoário que denominou Tripanosoma Cruzi, aliado a uma infestação de um inseto nas residências rurais, conhecido como barbeiro. Carlos Chagas examinou esses insetos e descobriu que eles eram os hospedeiros da doença de Chagas.
   Carlos Chagas foi reconhecido por suas pesquisas e descobertas, recebendo prêmios e homenagens de            vários países, entre eles, Alemanha, França, Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra e Estados Unidos.
   Carlos Chaga morre no dia 8 de novembro, no Rio de Janeiro, acometido por um infarto.

2. Oswaldo Cruz (1872-1917), sanitarista que salvou a vida de milhares de brasileiros


  1. Nascimento: 5 de agosto de 1872, São Luis do Paraitinga, São Paulo
  2. Falecimento: 11 de fevereiro de 1917, Petrópolis, Rio de Janeiro
  3. Nacionalidade: Brasileiro
Filho do médico Bento Gonçalves Cruz e de Amália Taborda de Bulhões, recebeu uma criação muito rígida.    Desde cedo, decidiu que profissão seguir, tendo ingressado na faculdade de medicina aos 15 anos de idade.  Entretanto, não era um aluno brilhante, mas desde a primeira vez que observou microrganismos ao  microscópio, apaixonou-se por eles.
Aos 20 anos de idade casou-se com Emília da Fonseca, sua namorada de adolescência, com quem teve seis filhos. Chamava sua família de sua “tribo” e sua esposa de “minha querida Miloquinha”. Em 1896, viajou para a cidade de Paris para estagiar no prestigiado Instituto Pasteur. Para sustentar sua família na cidade francesa, Oswaldo empregou-se em uma clínica de urologia. No entanto, esse ramo não agradava Oswaldo, que arranjou, então, um estágio no laboratório de toxicologia da cidade: investigação criminal.
Essas atividades não afastaram Oswaldo de seu objetivo de interesse, a bacteriologia. Foi muito bem recebido no Instituto Pasteur, sendo até dispensado de pagar pelo material usado nas pesquisas. Também fez estágios em uma fábrica de vidraria para laboratório, tornando-se, posteriormente, o primeiro a fabricar ampolas no Brasil.
Muito Criticado pela imprensa, virou um dos principais alvos de cronistas e cartunistas, tendo guardado todas as caricaturas e notícias publicadas a seu respeito para lembrar-se da injustiça que sofrera, pois tinha certeza de que o valor de suas medidas tomadas seria reconhecido. Tinha razão: no ano de 1908, outro surto de varíola levou a população a formar filas nos postos de vacinação.
No ano de 1916, Oswaldo deixou o Instituto devido a problemas de saúde que havia previsto. Nove anos antes, já com os primeiros sintomas da nefrite, examinara a própria urina e encontrara albumina, o que não era um bom sinal. Fizera então um testamento e um projeto de seu próprio túmulo, dando ênfase ao isolamento do cadáver: o caixão deveria ser hermeticamente fechado, revestido de bronze e asfalto (projeto que acabou não sendo usado).
Por sugestão do filho, Oswaldo mudou-se para Petrópolis. Foi o primeiro prefeito da cidade, mas sua gestão foi curta, pois a piora de sua saúde o levou a pedir demissão do cargo. Em 11 de fevereiro de 1917, em uma manifestação em frente à casa do sanitarista, os adversários políticos comemoravam a derrota do opositor. Enquanto isso, cercado de amigos, morria Oswaldo Cruz. Falecia o sanitarista, mas a semente deixada por ele estava germinando: o Instituto de Manguinhos.

3. César Lattes (1924-2005), físico mundialmente famoso que confirmou a existência do méson pi


  1. Nascimento: 11 de julho de 1924, Curitiba, Paraná
  2. Falecimento: 8 de março de 2005, Campinas, São Paulo
  3. Educação: Universidade de São Paulo

Estudou física e matemática na Universidade de São Paulo. Com 19 anos era assistente da cadeira de Física Teórica. Durante dois anos estudou os raios cósmicos, em laboratório montado nos Andes, na Bolívia. Trabalhou na Inglaterra e no Laboratório da Universidade de Bristol, junto com outros pesquisadores, descobriram a partícula atômica, o méson pi. Em 1949, participou junto com outros cientistas, da fundação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, instalado no Rio de Janeiro.
Ingressou no Colégio Dante Alighiere e depois na Escola Politécnica. Estudou na Universidade de São Paulo, onde cursou física e Matemática. Concluiu o curso no ano de 1943. Foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, instalado no Rio de janeiro.
Estudou os raios cósmicos, em laboratório na Bolívia. Seguiu para a Inglaterra, com o físico italiano Giuseppe Occhialini, para trabalhar, no Laboratório da Universidade de Bristol, sob a direção do físico britânico, Cecil Powell. Juntos descobriram uma nova partícula atômica "méson pi", dando início a nova área de pesquisas, a física de partículas.
César Lattes foi bolsista da Fundação Rockfeller onde aperfeiçoou seus conhecimentos, sendo considerado o maior cientista brasileiro. Trabalhou na Universidade da Califórnia, Estados Unidos. Em 1949 voltou para o Brasil, assumindo o cargo de professor e pesquisador na Universidade do Rio de Janeiro.
César Mansueto Giulio Lattes faleceu em Campinas, São Paulo,no dia 8 de março de 2005.

4. Herch Moysés Nussenzveig (1933-), físico autor de livros didáticos muito conhecidos

  1. Nascimento: 16 de janeiro de 1933 (82 anos)
  2. Obras: Diffraction effects in semiclassical scattering, Introduction to Quantum Optcus


  3. Físico graduado pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado pelas universidades de Birmingham (Inglaterra), de Zurique (Suíça), de Utrecht e de Eindhoven (Holanda), participou dos grandes debates da física ao longo da segunda metade do século XX no Brasil e no mundo.
    Além de sua produção científica, na qual alcançou resultados relevantes no âmbito da física teórica, teve papel importante também nas lutas que envolveram a democratização e o desenvolvimento da sociedade brasileira, como o combate à ditadura militar, a defesa de políticas públicas consistentes na área da ciência e tecnologia, a defesa do uso da energia nuclear para fins pacíficos.
    Tendo sido professor das universidades de Nova York e de Rochester e do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, entre outras instituições, trabalhou e conviveu com muitos dos grandes nomes da física contemporânea mundial, como Robert Oppenheimer e Rudolf Peierls.
    De volta ao Brasil, criou o Departamento de Física Matemática da USP, bem como o Laboratório de Pinças Óticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sendo o ensino um de seus interesses, realizou diversas ações e elaborou vários projetos visando à melhoria da qualidade dos cursos de física no Brasil.
    Atualmente é professor emérito da UFRJ e pesquisador emérito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Dentre os diversos prêmios, títulos e homenagens que recebeu ao longo de sua carreira, destacam-se o Prêmio Max Born, conferido pela Optical Society of America em 1986, e a Cátedra Moysés Nussenzveig de Mecânica Estatística, instituída pela Universidade de Tel Aviv em 1993.

5.José Leite Lopes (1918-2006), único físico brasileiro detentor do Unesco Science Prize



  1. Nascimento: 28 de outubro de 1918, Recife, Pernambuco
  2. Falecimento: 12 de junho de 2006, Rio de Janeiro-RJ
  3. Educação: Universidade de Princepton (1944–1946), Universidade de São Paulo
  4. Foi fundamental para criação e consolidação da física teórica no Brasil.
    Participou de articulações para criar o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e outras instituições importantes, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    Como pesquisador, destacou-se na área de física de partículas e trabalhou no problema da integração de forças fundamentais da natureza. Por muito pouco ele não chegou à teoria unificada das interações eletromagnéticas e fracas, que deu o prêmio Nobel a Steven Weinberg. Seu principal trabalho na área foi a previsão teórica de um novo tipo de partícula fundamental, o bóson vetorial.


  5. Em 1935 Leite Lopes ingressou no curso de Química Industrial da Escola de Engenharia de Pernambuco. Em 1937 apresentou no 3o Congresso Sul-Americano de Química, no Rio de Janeiro, um trabalho sobre o mecanismo molecular das reações químicas.

    No ano de 1940 iniciou o curso de Física da Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, foi convidado por Carlos Chagas Filho, com uma bolsa concedida por Guilherme Guinle, a trabalhar no Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No ano seguinte, com uma bolsa da Fundação Zerrener, Leite Lopes foi para a Universidade de São Paulo (USP), onde aprofundou suas pesquisas.
  6. Em 1944, graças a uma bolsa do governo americano, Leite Lopes iniciou o doutorado na universidade de Princeton (EUA). Trabalhou com Joseph M. Jauch, e iniciou o trabalho de tese sob orientação de Wolfgang Pauli, premio Nobel de Física em 1945 e um dos fundadores da Mecânica Quântica. Na universidade, assistiu cursos ministrados por Einstein, Pauli e Reichenbach, entre outros. Em 1946 recebeu o título Ph.D.



Punblicado por: Luana Larissa e Franciny Ojeda