quarta-feira, 26 de agosto de 2015

                             Minorias 

Minorias :São grupos marginalizados dentro de uma sociedade devido aos aspectos econômicos, sociais, culturais, físicos ou religiosos.

Minorias entre negros :  É bastante rara a presença de negros no alto escalões das empresas no Brasil.No nível executivo ,que envolvem cargos de direção ,a proporção de negros é apenas 5,3 % de acordo com a última pesquisa do Instituto Ethos em parceria com  Ibope Inteligência sobre o perfil racial  das 500 maiores empresas do país ,cujos dados foram coletados em 2010 ,último levantamento disponível. A situação do trabalhador negro no mercado de trabalho e na educação. Segundo ele, o país é marcado pela desigualdade e ainda está no começo do caminho para mudar o cenário. “Nós temos uma herança história de um país que se constitui na época da escravidão, tendo marcas consideráveis que exigirão políticas publicas de longo prazo para poder de fato constituir uma sociedade menos desigual.”

Os movimentos negros: são uma série de movimentos realizados por pessoas que lutam contra os preconceitos e a escravidão. Eles tem o objetivo de resgatar a memória de um povo que batalhou por sua liberdade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu primeiro artigo, diz que“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos...”. Por séculos da história do mundo, os negros não experimentaram esse direito.

A mobilização do povo negro se deu um ano após a abolição da escravatura, em 1888. Antes disso, os movimentos eram clandestinos e tinham como principal objetivo libertar os negros, como as revoltas que aconteciam e a fuga para os quilombos. Eram negros que resistiam contra o racismo, a escravidão e a opressão que passavam. Apesar do ano da Proclamação da República, em 1889, quando o Brasil se tornou soberano, o povo chegou ao poder, a democracia se estabeleceu, a situação dos negros não mudou, deu continuidade a marginalização deles.

Principais Revoltas Negras:

Inconfidência Baiana (Revolta dos Alfaiates)

Realizada em 1798, na Bahia, foi uma das revoltas que tinha como um dos objetivos libertar os escravos. Além disso, eles almejavam a independência do Brasil e um regime igualitário. Os principais participantes eram indivíduos excluídos da sociedade. Houve uma traição de um dos integrantes que relatou ao governo o dia e a hora da revolta. Os participantes foram presos e alguns expulsos do país.

Revolta dos Malês:

Ocorreu na cidade de Salvador, em 1835, no período imperial. Os participantes eram negros escravos de religião muçulmana que se revoltaram com a escravidão e a imposição da religião católica. Eles eram impedidos de exercer a sua fé.

Revolta da Chibata:

Após a abolição, um dos primeiros movimentos que ocorreram foi a Revolta da Chibata, a última ocorrida no Brasil por negros armados e organizados. Ela foi iniciou-se em 1910, no Rio de Janeiro. Os negros eram integrantes da Marinha Brasileira e foram liderados pelo marujo negro João Candido para lutar contra as péssimas condições de trabalho e maus tratos sofridos.
A partir de 1930, outros movimentos negros surgiram como a Frente Negra Brasileira, em São Paulo. Em 1940 surgiu o Teatro Experimental Negro e o Comitê Democrático Afro-brasileiro com o objetivo de combater o racismo, o primeiro movimento através da cultura e o segundo além de combater, dava anistia a presos políticos.
No final do governo militar, com o golpe, outros movimentos surgiram como movimentos culturais, bailes, universidades e o Movimento Negro Unificado, em 1978.

Outros Movimentos Negros:

Na década  60 e 70 alterações nos quadros políticos, culturais e de comportamento começaram a fazer parte do mundo. Surgiram movimentos de estudantes e também feministas na Europa. Nos Estados Unidos, os negros lutavam por seus direitos nas guerras civis. Houve a guerra do Vietnã e guerras de independência dos países da África.
No Brasil, imperava a Ditadura Militar, que também atingiu os negros. Nesse período, organizações negras precisaram se transformar em entidades que geravam entretenimento. Por exemplo, com a criação do Centro de Cultura e Arte Negra, em São Paulo. E, mais tarde, surgiram grupos de música, dança e teatro que tentavam conscientizar a população. Exemplo disto foi o Grupo Abolição, inspirados no Black Soul, surgiram no Rio de Janeiro em 1976 com o objetivo de ensinar a dança, a história e cultura negra.
As comunidades negras da periferia, principalmente os jovens, apesar da pressão sofrida, começavam a ser influenciados pela cultura dos negros americanos como a Soul Music, músicas ouvidas pelos negros americanos, inclusive a música de James Brow. O funk, criado por Brow em 1967, passou a fazer parte dos bailes realizados nas quadras das escolas de samba. Esse ritmo começou a ser adquirido pelos compositores e cantores do Brasil como Tim Maia, Toni Tornado, dentre outros.
Até no estilo e modo de agir, os negros brasileiros se apoiaram como o do movimento Black Rio (analogia ao movimento realizado nos EUA, na década de 60 que valorizava a beleza dos negros) e o uso do cabelo Black Power, sapato com salto e calças 'boca de sino', rastafaris, músicas como o reggae, com as canções de Bob Marley. Esses grupos foram se unindo e repensando os valores e a identidade dos negros no Brasil.

Reivindicações : 

Três projetos ligados a direitos humanos compõem a pauta de reivindicação do movimento negro. O primeiro projeto (PL6738/13) determina cota de 20% para negros em concursos públicos.

Outro projeto é o que determina o fim dos autos de resistência (PL4471/12). Pelo auto de resistência, a morte de um suspeito é justificada pela sua resistência ao ser preso. A proposta que está pronta para ser votada em Plenário determina que seja realizada autópsia no caso de morte envolvendo agentes do Estado.

A outra proposta (PL7447/10) estabelece políticas públicas de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais.

Principais conquistas:

Para que os negros sejam bem sucedidos requer destes maiores esforços, no sentido de superar os tabus impostos pela sociedade. Por serem tratados de forma excludente as dificuldades são mais difíceis de serem superadas. Mas com muita dedicação é possível conquistar pouco a pouco seu espaço na sociedade.
A abolição da escravidão foi a conquista mais marcante dos negros, por terem conquistado sua liberdade plena.
Nos dias atuais, os negros cada vez mais vêm conquistando seu espaço nos meios de comunicação. Antes eles eram tidos como figurantes nas novelas e como substitutos nos tele jornais. Mas, com o passar do tempo eles vêm ocupando postos cada vez mais importantes, como protagonistas de filmes, seriados, novelas e telejornais.
O esporte é o setor onde os negros mais se destacam. Isso se deve a sua própria condição física que lhes confere uma maior resistência que os brancos. Em várias modalidades esportivas os negros têm se sobressaído a exemplo do futebol, voleibol, basquetebol, boxe, etc.
Na política, à semelhança da mídia, observa-se um constante aumento na ocupação de cargos de alto escalão por negros. O Ministério do governo Lula, por exemplo, é composto por três negros que ocupam três postos importantes. São eles: Gilberto Gil, Benedita da Silva e Marina Silva. Joaquim Benedito Barbosa, Procurador da República, é o primeiro negro integrante do Supremo Tribunal Federal. Isso demonstra o crescimento da raça negra em nossa sociedade. Essa situação não é a ideal, contudo, já é considerada um grande avanço visto ao seu passado tão tenebroso. O importante é que esses paradigmas estão sendo quebrados e, conseqüentemente, a colocação da raça negra na condição de verdadeiros cidadãos.
Minorias entre Mulheres :As mulheres ainda podem ser consideradas minorias. São minoria não por estar em menor número, mas porque têm menos acesso a direitos e garantias, sofrem discriminação. No mercado de trabalho, por exemplo, elas já estão em maior número, mas ganham em média menos do que os homens, mesmo exercendo as mesmas funções. Uma data dedicada a elas, portanto, é bem vinda por nos lembrar do preconceito que ainda viceja nas relações de gênero.
É necessário, contudo, fugir do radicalismo que propõe a plena igualdade entre homens e mulheres. Um exemplo interessante das diferenças homem x mulher diz respeito às reações diante das ameaças. Durante muitas décadas acreditou-se que a única resposta ao estresse era a de fuga-ou-luta, até que uma pesquisadora questionou tal modelo. Os estudos eram quase todos realizados com machos e quase nunca com fêmeas; mas se o papel deles era lutar com o inimigo ou fugir, talvez a evolução inclinasse as fêmeas não para fugir nem para combater, mas para cuidar de sua prole. No início da década Shelley Taylor publicou um artigo que modificou o paradigma no estudo do estresse (1), mostrando que em fêmeas a adrenalina não agia sozinha na hora do perigo, mas era contrabalançada pela occitocina, neuropeptídeo sabidamente envolvido no comportamento afetivo e na maternagem, e diversas pesquisas vêm comprovando esse modelo desde então.
Preconceitos e determinantes culturais à parte, essas pesquisas mostram que o instinto feminino é diferente do masculino, o que é, no fim das contas, algo que sempre imaginamos: os homens estão mais prontos para briga, as mulheres, mais preocupadas com os filhos. Se é na diversidade que está a riqueza é bom que homens e mulheres sejam diferentes. O ruim é fazer dessas diferenças motivo de discriminação e preconceito.

Movimentos sociais :
  1. 1. A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NOS MOVIMENTOS SOCIAIS
  2. 2.Histórico de lutas e conquistas.A história do movimento feminista possui três grandes momentos. O primeiro foi motivado pelas reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, divórcio, educação e trabalho no fim do século 19. O segundo, no fim da década de 1960, foi marcado pela liberação sexual (impulsionada pelo aumento dos contraceptivos). Já o terceiro começou a ser construído no fim dos anos 70, com a luta de caráter sindical.
  3. 3.Organização das MulheresO No Brasil, o movimento tomou forma entre o fim do século 18 e início do 19, quando as mulheres brasileiras começaram a se organizar e conquistar espaço na área da educação e do trabalho. Nísia Floresta(criadora da primeira escola para mulheres), Bertha Lutz e Jerônima Mesquita (ambas ativistas do voto feminino) são as expoentes do período.
  4. .4I Congresso da Mulher Metalúrgica 1978
  5. 5.Encontro Estadual de Mulheres Negras 1984 - São Paulo
  6. 6. Passeata de Trabalhadoras Rurais 1986 - Guarabira/Paraíba
  7. 7.Caminhada pelo fim da violência contra as mulheres Coletivo de Mulheres do Jaboatão Março de 2004
  8. 8.Caminhada das Mulheres Av. Conde da Boa Vista 8 de Março de 2008
  9. 9.Mulheres da Via Campesina Pernambuco
  10. 10.MOBILIZAÇÃO FÓRUMMULHERES PERNAMBUCO 8 MARÇO 2011
  11. 11. Campanha Consciência Negra CNTE 2012
  12. 12. Instrumentos da luta das mulheres♀ Conhecer mais a história dos movimentosde mulheres (FEMINISMO);♀ Participar das associações dacomunidade;♀ Articular-se a outros movimentos sociais;♀ Conquistar seu espaço na sociedade.
  13. 13. A luta das Mulheres♀ Autonomia econômica e igualdade nomundo do trabalho;♀ Educação Inclusiva, não-sexista, não-racista, não-homofóbica e não-lesbofóbica,♀ Saúde das mulheres, direitos sexuais edireitos reprodutivos;♀ Enfrentamento de todas as formas deviolência contra as mulheres;
  14. 14. ♀ Participação das mulheres nos espaços depoder e decisão;♀ Desenvolvimento sustentável no meio rural, nacidade e na floresta;♀ Direito à terra, moradia digna e infra-estruturasocial nos meios rural e urbano, considerando ascomunidades tradicionais;♀ Cultura, Comunicação e Mídiaigualitárias, democráticas e não discriminatórias;
  15. 15. ♀ Enfrentamento do racismo, sexismoe lesbofobia;♀ Enfrentamento das desigualdadesgeracionais que atingem asmulheres, com especial atenção àsjovens e idosas.
  16. . A importância da luta Para mudar a realidade de exploração eopressão se faz necessária a luta e amobilização permanente. Mas essa só daráresultados concretos se feita de formaconsciente, compreendendo a realidadepara poder transformá-la. Mulheres da Via Campesina Pernambuco
  17. Panorama de uma luta articuladaMOBILIZAÇ ÃO IMPACTO (União) (Pressão) RESULTAD OS (Conquistas)
  18. 18. Passeata vivencia o DiaInternacional da Mulher em Daca, Bangladesh

Reivindicações:

O movimento feminista brasileiro conquistou, nas últimas décadas, a ampliação dos direitos da mulher. As ações do movimento feminista foram decisivas para articular o caminho da igualdade entre os gêneros, que, apesar de todos os avanços, ainda não é plenamente garantida.
Assim, ao entrar na segunda década do século 21, as feministas têm em sua pauta de reivindicações pontos como:
•    Reconhecimento dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais das mulheres;
•    Necessidade do reconhecimento do direito universal à educação, saúde e previdenciária;
•    Defesa dos direitos sexuais e reprodutivos;
•    Reconhecimento do direito das mulheres sobre a gestação, com acesso de qualidade à concepção e/ou contracepção;
•    Descriminalização do aborto como um direito de cidadania e questão de saúde pública.
Além desses temas, um em especial tem ganhado por suas estatísticas: a violência contra a mulher.  A cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas no País, de acordo com pesquisa da Fundação Perseu Abramo (Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado), realizada em 25 estados, em 2010. No levantamento, constatou-se que 11,5 milhões de mulheres já sofreram tapas e empurrões e 9,3 milhões sofreram ameaças de surra.
No entanto, as agressões diminuíram entre 2001 e 2010. Anteriormente, oito mulheres eram agredidas a cada dois minutos. Um dos motivos para essa diminuição foi a elaboração da Lei Maria da Penha, que garante proteção legal e policial às vitimas de agressão doméstica. Qualquer pessoa pode comunicar a agressão sofrida por uma mulher à polícia, a despeito da vontade da mulher em fazê-lo.
O movimento feminista brasileiro pode contar com os esforços da Secretaria de Políticas das Mulheres, que atua não apenas pela redução da desigualdade dos gêneros, mas também para ajudar na redução da miséria e de pobreza para, assim, garantir a autonomia econômica das brasileiras.
Histórico de lutas e conquistas:
A história do movimento feminista possui três grandes momentos. O primeiro foi motivado pelas reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, divórcio, educação e trabalho no fim do século 19. O segundo, no fim da década de 1960, foi marcado pela liberação sexual (impulsionada pelo aumento dos contraceptivos).  Já o terceiro começou a ser construído no fim dos anos 70, com a luta de caráter sindical.
No Brasil, o movimento tomou forma entre o fim do século 18 e início do 19, quando as mulheres brasileiras começaram a se organizar e conquistar espaço na área da educação e do trabalho. Nísia Floresta (criadora da primeira escola para mulheres), Bertha Lutz e Jerônima Mesquita (ambas ativistas do voto feminino) são as expoentes do período.
As brasileiras obtiveram importantes conquistas nas primeiras décadas do século 19. Em 1907, eclode em São Paulo a greve das costureiras, ponto inicial para o movimento por uma jornada de trabalho de 8 horas.
 Em 1917, o serviço público passa a admitir mulheres no quadro de funcionários. Dois anos depois, a Conferência do Conselho Feminino da Organização Internacional do Trabalho aprova a resolução de salário igual para trabalho igual.
Já a década de 30 foi marcada por avanços no campo político. Em 1932, as mulheres conquistam legalmente o direito ao voto, com o Código Eleitoral. Apesar da importância simbólica dessa conquista, à época, foram determinadas restrições para o exercício desse direito.Foi só com a Constituição de 1946 que o direito pleno ao voto foi concedido.
Mesmo assim, um ano após de conquistado o direito ao voto, em 1934, Carlota Pereira Queiróz torna-se a primeira deputada brasileira. Naquele mesmo ano, a Assembleia Constituinte assegurava o princípio de igualdade entre os sexos, o direito ao voto, a regulamentação do trabalho feminino e a equiparação salarial entre os gêneros.
Com a ditadura do Estado Novo, em 1937, o movimento feminista perde força. Só no fim da década seguinte volta a ganhar intensidade com a criação da Federação das Mulheres do Brasil e a consolidação da presença feminina nos movimentos políticos. Mas logo vem outro período ditatorial, a partir de 1964, e as ações do movimento arrefecem, só retornando na década de 70.
Um dos fatos mais emblemáticos daquela década foi a criação, em 1975 (Ano Internacional da Mulher), do Movimento Feminino pela Anistia. No mesmo ano a ONU, com apoio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), realiza uma semana de debates sobre a condição feminina. Ainda nos anos 70 é aprovada a lei do divórcio, uma antiga reivindicação do movimento.
Nos anos 80, as feministas embarcam na luta contra a violência às mulheres e pelo princípio de que os gêneros são diferentes, mas não desiguais. Em 1985 é criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), subordinada ao Ministério da Justiça, com objetivo de eliminar a discriminação e aumentar a participação feminina nas atividades políticas, econômicas e culturais.
O CNDM foi absorvido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher, criada em 2002 e ainda ligada à Pasta da Justiça. No ano seguinte, a secretaria passa a ser vinculada à Presidência da República, com status ministerial, rebatizada de Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Minorias entre Homossexuais :Atualmente a palavra é usada para indicar a discriminação às mais diversas minorias sexuais, como os diferentes grupos inseridos na sigla LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros, travestis e intersexuais). A repulsa e o desrespeito a diferentes formas de expressão sexual e amorosa representam uma ofensa à diversidade humana e às liberdades básicas garantidas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal.  Os homossexuais - as lésbicas e os gays - e os transexuais, membros de um grupo que também inclui os bissexuais (LGBTs), desempenham enquanto minorias sociais em níveis nacional e internacional, a evolução histórica dessa minoria desde a Antiguidade e as discriminações que eles sofrem, fazendo deles, muitas vezes, seres inferiores. Além disso, traça um panorama dos LGBTs no Brasil, enfatizando as atrocidades cometidas contra eles e suas principais conquistas sociais, e algumas personalidades enquadradas nessa categoria.Dentre todas as chamadas minorias sociais, no Brasil e na maior parte do mundo, os homossexuais, com ênfase nos gays, nas lésbicas e nos transexuais ou transgêneros, continuam sendo as principais vítimas do preconceito e da discriminação, tornando-os mais vulneráveis jurídica e socialmente. 

No Brasil, em virtude da homofobia, acontece um cruel homicídio de um gay, de uma lésbica ou de um transgênero, também conhecido como travesti, a cada instante. Apenas 10% da população ocidental é formada predominante ou exclusivamente por praticantes do homoerotismo, conforme o Relatório Kinsey, a maior e mais prestigiada investigação sexológica até hoje feita no mundo.Como podemos observar a priori sua irrisória porcentagem – 10% –, os homossexuais são tratados como minorias porque, segundo o jornalista e professor-doutor em Comunicação Muniz Sodré, “refere-se à possibilidade de terem voz ativa ou intervirem nas instâncias decisórias do Poder aqueles setores sociais ou frações de classe comprometidas com as diversas modalidades de luta assumidas pela questão social.” [SODRÉ apud BARBALHO; PAIVA (orgs.), 2005] São considerados minorias, portanto, os homossexuais, os negros, as mulheres, os povos indígenas, os deficientes, os soropositivos, os ambientalistas, os antineoliberalistas, e outros.

HISTÓRICOS :1.

 Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.)

Sócrates, um dos principais filósofos ocidentais, viveu na Grécia Antiga, onde era normal um homem mais velho manter relações sexuais com homens jovens. O tutor de Platão chegou a declarar que o sexo anal era sua melhor fonte de inspiração e que relações heterossexuais serviam apenas para procriação. Detalhe: Sócrates defendia a investigação e o diálogo para se chegar à verdade, método que deu origem à famosa DR que assombra casais. Será que, em algum momento, ele precisou ter uma DR porque sua “fonte de inspiração” havia secado?!
2. Alexandre, o Grande (356 a.C. – 323 a.C.)
A orientação sexual do guerreiro macedônio é assunto que já rendeu polêmicos estudos acadêmicos, livros e até filmes hollywoodianos. O historiador Plutarco conta que Alexandre se casou quatro vezes (com mulheres). No entanto, alguns historiadores, como Diodoro Sículo, afirmam que o guerreiro teria tido pelo menos um amante-homem, Heféstion. Aliás, quando Heféstion morreu, Alexandre teria ficado sem comer e beber por vários dias.
3. Leonardo da Vinci (1452 – 1519)
A versatilidade e o talento de Leonardo da Vinci nunca surtiu dúvidas: ele foi cientista, engenheiro, anatomista, botânico, inventor. E pintor, claro. Com base em registros históricos e em escritos pessoais, biógrafos de Da Vinci deduzem que o gênio teria sido homossexual. Leonardo passou, inclusive, por um tribunal após ser acusado de sodomia com um homem prostituto. A acusação não foi adiante, mas os boatos a respeito da sexualidade de Da Vinci permanecem até hoje.
4. Ernest Röhm (1887 – 1934)
Homossexual assumido, Röhm foi um dos braços-direito de Adolf Hitler e um dos responsáveis pelo crescimento do movimento nazista na Alemanha dos anos 1920-1930. Devido à sua orientação sexual, o oficial tinha muitos inimigos dentro do partido. O resultado da sua união com Hitler não poderia ser diferente. Quando o fürher percebeu que Ernest poderia lhe causar sérios problemas (tipo uma contradição histórica inexplicável), decidiu tirá-lo do seu caminho. Fez o mesmo que fazia com muitos dos homossexuais da época: matou.
5. Harvey Milk (1930 – 1978)
Harvey Milk, representante distrital de São Francisco, foi o primeiro gay assumido a vencer uma eleição nos Estados Unidos. Em uma sociedade conservadora da década de 1970, ele discursava em favor da liberdade e tentava dar esperança aos gays. Seu ativismo foi importante na luta gay: 11 meses após ser eleito, Milk conseguiu aprovar uma lei sobre os direitos dos homossexuais de São Francisco. Personalidade polêmica e visada por conservadores, o militante foi assassinado um anos após ser eleito. Para conferir a história do político, vale conferir “Milk – A Voz da Igualdade”, de Gus Van Sant.

Reivindicações:

Os direitos civis dos homossexuais, como o casamento de pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais homoafetivos, a criminalização da homofobia e a implementação do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT são algumas das demandas do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis (LGBT). Apesar de a maioria ser pauta do Legislativo, os temas esquentam o debate da campanha presidencial. 
Assegurado por decisão do STF, e pela Resolução n. 175, de 14 de maio de 2013 , do Conselho Nacional de Justiça, o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo está fora da Constituição Federal e do novo Código Civil, que prevê apenas a união entre casais heterossexuais. O movimento quer a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garanta o casamento civil igualitário.
A criação de dispositivos legais que garantam o direito dos casais que vivem em parceria homoafetiva de adotar filhos é outro ítem da lista de demandas de organizações LGBT. O movimento também quer a garantia de que o registro civil da criança (certidação de nascimento) seja feito em nome do casal. Apesar de não haver impedimento legal, muitos casais homoafetivos precisam recorrer à Justiça para ter o direito a adoção garantido. Em 2010, uma decisão da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul contra decisão que permitiu a adoção de duas crianças por um casal de mulheres.
Resultado da 1ª Conferência Nacional GLBT (sigla utilizada na época), ocorrida em Brasília em 2008, o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República traz as diretrizes e ações para a elaboração de Políticas Públicas voltadas para esse segmento. O objetivo é orientar a construção de políticas públicas de inclusão social e de combate às desigualdades para a população LGBT. Apesar de publicado em 2009, os movimentos ainda lutam pela execução do Plano.

Conquistas :

Casamento igualitário

Registro em Títulos e Documentos

Direitos previdenciários

Trabalhadores do setor privado

Servidores públicos


Previdência complementar

                                       
Publicado por: Luciane de Moraes

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